COMECEI O DIA COMO NA
Canção dos romances perdidos
"Oh! o silêncio das salas de espera
Onde esses pobres guarda-chuvas lentamente escorrem...
O silêncio das salas de espera
E aquela última estrela...
Aquela última estrela

Que bale, bale, bale,
Perdida na enchente da luz...
Aquela última estrela
E, na parede, esses quadrados lívidos,
De onde fugiram os retratos...
De onde fugiram todos os retratos...
E esta minha ternura,
Meu Deus,
Oh! toda esta minha ternura inútil, desaproveitada!..."
SENTINDO TODO O TRISTE PESO DE
O pior
"O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso."
MAS COMO O PESO PRENDE NO CHÃO E EU GOSTO MESMO É DE SER LEVE, PENSEI NO

Poeminha do contra
"Todos os que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!"
JOGUEI FORA A TRISTEZA PRA VOAR NAS ASAS DE

Das utopias
"Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!"
E TERMINEI O DIA TÃO LIVRE COMO NA
Canção do dia de sempre
"Tão bom viver dia a dia...
A vida, assim, jamais cansa...
Viver tão-só de momentos
Como essas nuvens do céu...
É só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca des um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas..."