Hoje, porque as emoções apagaram a voz dos versos próprios, peço ajuda aos versos de outro para dizer o que sinto. Que sorte ter ao alcance da mão os escritos pelo poeta Mario Quintana!
COMECEI O DIA COMO NA
Canção dos romances perdidos
"Oh! o silêncio das salas de espera
Onde esses pobres guarda-chuvas lentamente escorrem...
O silêncio das salas de espera
E aquela última estrela...
Aquela última estrela
Que bale, bale, bale,
Perdida na enchente da luz...
Aquela última estrela
E, na parede, esses quadrados lívidos,
De onde fugiram os retratos...
De onde fugiram todos os retratos...
E esta minha ternura,
Meu Deus,
Oh! toda esta minha ternura inútil, desaproveitada!..."
SENTINDO TODO O TRISTE PESO DE
O pior
"O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso."
MAS COMO O PESO PRENDE NO CHÃO E EU GOSTO MESMO É DE SER LEVE, PENSEI NO
Poeminha do contra
"Todos os que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão...
Eu passarinho!"
JOGUEI FORA A TRISTEZA PRA VOAR NAS ASAS DE
Das utopias
"Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A mágica presença das estrelas!"
E TERMINEI O DIA TÃO LIVRE COMO NA
Canção do dia de sempre
"Tão bom viver dia a dia...
A vida, assim, jamais cansa...
Viver tão-só de momentos
Como essas nuvens do céu...
É só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.
Nunca des um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas..."
domingo, maio 21, 2006
sexta-feira, maio 19, 2006
QUIXOTISMOS
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