sexta-feira, março 31, 2006

O BEIJO DA MORTE

Falta um sopro qualquer
em minha alma

Sobre cada centelha
de consciência
de minha própria existência
debruça-se
com suas grandes asas
iiiiiiicobrir-me de sombra
iiiiiiiroubar-me o hálito
a morte.

E quando me vejo
iiiiiiiiié só a metade
E quando respiro
iiiiiiiiifalta-me o ar
que devolver ao mundo,
falta-me o mundo de que tirar ar
iiiiiiiique não tenho tua boca que me sopre vida
iiiiiiiique não tenho boca onde soprar.

quinta-feira, março 30, 2006

ETERNIDADE



iiiiiiii iiiiiiiiiA força dos clichês
iiiiiiiiiiiiiiiiiipor tantos:
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii sexos, sexualidade
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii etnias, nacionalidade
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiilocus, comunidade
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii eras, idade
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiintensidade acumulada
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiio tempo circunda o tempo
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiicelebra o nada
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiitodas as lágrimas e rosas
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiem eu te amo
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii iiiii (presa do encanto das fadas)

quarta-feira, março 15, 2006

Provérbio na mente e cordel no coração

Provérbio chinês:
"Há três coisas que não voltam atrás: a flecha lançada, a palavra dada e a oportunidade perdida."

Pequeno cordel:
Na minha vida tristonha,
fiz grande revolução
pra deixar de ter tristeza
e viver de coração.
Ser alegre, ser risonha,
que era minha natureza.
Ser amada e amar.
Mais amor, menos riqueza,
e a vida festejar
com todo esplendor e beleza.

Broto de amor apontando
e o deserto verdejando.

Mas num desses bailes que a vida dá,
em meio à alegria de festa,
oooolha a tristeza de novo lá.

Deserto que se manifesta
pra mostrar e me ensinar
a só quem me ame eu amar.

Antes da areia tudo cobrir
Em disparada logo eu fugi.

Mas na fuga do castelo,
ao invés de sapatinho,
eu perdi meu coração!
Passaram no broto o rastelo
e no peito, deserto, vazio
ecoa esta triste questão:
esse dono do castelo,
vai fazer devolução?
Se assim não for não,
que o guarde num cantinho,
- ô, meu pobre coração! -,
que não jogue o coitadinho
na lixeira da emoção!