domingo, dezembro 03, 2006

Uma história infanto-juvenil

Queridos amigos,

há alguns anos venho escrevendo uma história infanto-juvenil intitulada Na terra do céu. Passo a publicá-la, em entregas, nesse blog e gostaria de contar com os seus comentários para poder melhorá-la. Grande beijo e obrigada, desde já, pela sua leitura.



Na terra do céu


Introdução


Hoje é um dia muito muito especial. Dia de festa, de bandeirinhas penduradas entre os postes das ruas, de música nos autofalantes, de doces coloridos, de liberdade em voz alta. É o dia do aniversário de Brilhossol, uma cidade muito falada pelo mundo a fora, mas raramente visitada. É um dia mágico, especialmente para as crianças, um dia que, por uma graça divina, caiu bem no meio das férias.
E não há lugar no mundo onde as férias sejam mais extensas e inesquecíveis do que em Brilhossol.

E se esta cidade é tão maravilhosa assim, porque não vão todos para lá, como seria natural de se pensar? Porque ela não se transformou numa metrópole para onde toda criança e adulto querem se mudar? Uma cidade onde as férias são quase intermináveis e completamente inesquecíveis não deveria estar cheia de gente?

Acontece que o acesso a ela é bastante difícil. Ela está no fim de todos os caminhos, na conjunção de todas as cores e de todas as luzes; ela é, diz toda a gente, a pérola perdida de todos os povos do mundo, o pote de ouro no fim do arco-íris. E como não é todo dia que se forma um arco-íris para se seguir, as pessoas acabam não podendo visitar a cidade. Quando acontece dele se formar, a pessoa não pode naquele dia, noutro dia ela pode, espera e nada de arco-íris. E há de se considerar que é comum que se passem meses e até anos sem que se veja no céu um só arco-íris. Desta forma, a atividade turística na cidade é certamente nula e os habitantes de Brilhossol chegam mesmo a se assustarem quando aparece algum forasteiro. Quando isso se dá, a cidade toda se transforma e ocorre uma verdadeira revolução no seu funcionamento normalmente pacato e tradicional. A gente toda modifica seu comportamento, tão grande é a repercussão da chegada do estrangeiro. Este, impressionado com aquele tesouro perdido, nem consegue acreditar no que lhe aconteceu. E de volta à sua terra, acaba convencendo-se de que tudo não passou de um sonho maravilhoso ou então pertence a um passado longínquo, situado lá na sua mais tenra infância, que só poderia existir através de lembranças. Quase todos os pouquíssimos estrangeiros que conseguiram encontrar essa maravilhosa cidade sofriam dessa espécie de amnésia. Mas havia aqueles que, fascinados pela cidade, decidiam ficar e abandonavam tudo para poderem continuar vivendo no brilho e na perfeição perenes de Brilhossol.

Mas como íamos dizendo, hoje é dia de festa em Brilhossol. Felizmente não há nenhum forasteiro de passagem, pois com a festa já se tem agitação suficiente para esta pacatíssima cidade, onde tudo costuma estar em seu devido lugar. As festas em Brilhossol são uma tradição de tanto tempo que não se sabe nem desde quando. Da fundação da cidade tem-se notícia apenas através de um livro muito grosso e antigo, que não traz data, mas no qual há uma descrição do local que, com poucas modificaçöes, continua correspondendo à Brilhossol atual.

Mas antes de ver esta festa tão bonita, vamos falar um pouco mais da cidade, da gente da cidade, da vida da gente da cidade de Brilhossol.



2 comentários:

Anônimo disse...

Oi Cris!!!Que conto mais gostoso de ler, quero conhecer esta cidade Brilhossol e me perder por la´rsrs.
Um cheiro!!
Amanda

Anônimo disse...

Oiii Cris,
Que surpresa, fico um tempo sem aparecer por aqui e quando venho me deparo com essa história maravilhosa, essa introdução é daquelas que prometem encantos, se toda história continuar neste ritmo fluente será um sucesso completo!
Parábens mesmo, agora preciso ir continuar minha leitura, que pelo visto está um tanto atrasada, rs... bjos!!!